Tema do mês: Rádio Universitária da UERN

quarta-feira, 10 de março de 2010

BLÁ BLÁ BLÁ: COMEÇANDO PELO COMEÇO

A palavra sussura, fala baixinho, ordena. A palavra é eco, é dura, é conflito, é arbitrária, às vezes é o que não é.

A palavra morre pela boca.

Todavia, o homem nasce, renasce pela boca, imprime-se pela voz sem reprimir a palavra.

Desse modo, a cada mês um desafio: as vozes sem dono, em poucas palavras soltam a língua nos legítimos donos da voz. Para começo de conversa, as ondas do rádio vão navegar por nosso blog, propondo uma discussão sobre determinados temas de interesse público que se referem à comunicação social.

Enfim, o blog OS DONOS DA VOZ se estrutura por meio de colunas com nomes sugestivos que são assinadas por professores, profissionais e estudantes de comunicação, que expressam a sua opinião e atiçam a formação da sua opinião, caro internauta.

Nesse primeiro momento é exatamente o silêncio da Rádio Universitária da UERN fora do ar desde outubro do ano passado, que vai se transformar em um grito da sociedade.

SOLTANDO A LÍNGUA COM KILDARE DE MEDEIROS

Os impactos sociais de uma emissora de radiodifusão são alcançadas a partir do instante em que se verifica a instalação de um sistema de comunicação por ondas sonoras em determinadas comunidades. As culturas se entrelaçam e se lançam ‘no ar’ como forma de garantir as ideias e seus valores regionalizados.
As rádios populares são um exemplo desse resultado massivo. Em contraponto a elas temos as comunitárias, que apesar do pequeno raio de alcance seus resultados favorecem a comunidade de forma mais rápida e eficaz.

Falar de políticas públicas de radiodifusão no Brasil é ainda muito incipiente, haja vista que o nosso país está ainda engatinhando na seara normativa e de forma ainda muito mínima na aplicação de metas para uma alavancada no desenvolvimento e valorização da popularização de veículos comunitários voltados eminentemente para a comunidade.

Assistimos, ainda de modo muito tímido, o avanço nas discussões acerca da democratização da comunicação, quando da realização da Conferência Nacional da Comunicação – a CONFECOM. Apesar das dificuldades acreditamos que a continuidade do debate resgatará os valores de uma comunidade mais aberta para a comunicação. Não precisamos popularizar os veículos; precisamos, antes de tudo, de comunicação pra comunidade.



terça-feira, 9 de março de 2010

PALAVRAS DE ORDEM POR VERUSKA SAYONARA

A Constituição instituiu exigências específicas para os meios de comunicação eletrônica. O rádio e a televisão particularizam-se no tratamento legal pelo alcance físico e poder de influência, aparentemente imensuráveis. A transmissão desses veículos dá-se pela forma hertziana, ou seja, por ondas de hertz (cujo domínio é público). A razão da sistemática específica está, assim, na natureza restritiva dos recursos - as zonas de emissão, ondas hertzianas públicas. O caráter de publicístico explica a razão de serem reclamadas prerrogativas de serviços públicos para a concessão de canais abertos de rádio e TV. A Constituição disciplina a concessão de serviço de radiodifusão sonora (rádio) e de sons e imagens (TV), atribuindo ao Poder Executivo a competência para sua outorga e renovação (art. 223). No entanto, apesar desse teor público, predomina o critério político na distribuição de concessões, permissões e autorizações.

DOIS PONTOS COM LUÍS FLÁVIO

Tudo começou com a necessidade de construir os laboratórios para as habilitações, já iamos para as disciplinas práticas e não existia laboratórios, então o chefe do Departamento na época Prof Ricardo Silveira e Veruska juntamente com os demais professores resolveram fazer uma assembléia para informar aos alunos que não tinha mais condições de continuar o curso, pois já iamos pra disciplina práticas e até o momento não existia laboratórios, dessa assembléia ficou decidido que os alunos de comunicação estavam em greve.Até então a rádio funcionava no épilogo de Campus denominada como Rádio Campus sob a chefia da Agecom. Da greve conseguimos os blocos de salas de aula, a rádio veio do épilogo de campus pra ficar com o Decom e funcionava apenas como laboratório da habilitação de radialismo não existia programação. Professor Fabiano Morais foi quem arquitetou uma programação, levou a proposta pra plenária Departamental que foi aprovada e o outro passo foi a liminar da justiça para poder funcionar , tão logo saiu a liminar O professor reuniu alunos das habilitaçõe radialismo e jornalismo e fez uma seleção para bolsistas e colaboradores, tendo que os selecionados apresentar um projeto do programa de rádio para poder ir ao ar, passamos por treinamento técnico de como usar o software de edição para rádio que era o EngeRádio, logo depois do treinamento se formatou a grade de programação.


EM OFF COM JUCIEUDE LUCENA

A Universitária FM é um instrumento importante para o desenvolvimento de ações de comunicação da UERN e do curso de Comunicação Social. Em primeiro lugar, a rádio tem papel fundamental para as atividades acadêmicas (seja para o ensino para a pesquisa ou para a extensão) realizadas pelo curso de Comunicação Social. È através das instalações da Universitária FM que são viabilizadas as atividades práticas das disciplinas voltadas à produção radiofônica em qualquer das três habilitações do nosso curso.
Outro aspecto importante que merece ser destacado é o papel institucional que a Universitário FM pode desenvolver. Ela poder servir como instrumento importante na divulgação das ações da UERN. Deste modo a rádio pode estabelecer uma ligação importante entre a Universidade e a sociedade.

ENTRELINHAS POR ANA LÚCIA

A Rádio Universitária FM é uma emissora da UERN que desenvolve atividades com fins laboratoriais e extensionistas. Sua importância foi rapidamente reconhecida pela sociedade, que passou a ter acesso a uma programação diferenciada, com gêneros e formatos radiofônicos pouco explorados pelas rádios locais. Desde 2006 o Departamento de Comunicação Social foi convidado para assumir a gestão da emissora, que hoje conta com uma estrutura administrativa formada pela Coordenação Geral, Coord. Adjunta e um Conselho de Programação, composto por docentes, funcionários e alunos da UERN.
O compromisso da Rádio Universitária FM é difundir idéias e elementos da cultura, prestar serviços de utilidade pública e contribuir para o aperfeiçoamento profissional dos alunos da UERN. Toda sua programação busca respeitar os valores éticos e sociais, promovendo assim o exercício da cidadania e a difusão do conhecimento junto à população mossoroense.
Atualmente estamos com nossas atividade de radiodifusão suspensas por determinação da ANATEL, que na sua condição de órgão fiscalizador, solicitou que haja a regularização de documentos para nosso funcionamento, provisório ou definitivo. Sobre estas duas possibilidades aproveitamos para explicar e contextualizar nossa situação. Tínhamos uma autorização de funcionamento emitida pela Justiça Federal para uma emissora de caráter comunitário. Este documento perdeu a validade e a assessoria jurídica da UERN tomou as devidas providências para que possamos retomar as nossas atividades normais. Infelizmente a quantidade de processos é muito grande e só nos resta aguardar o julgamento do nosso pedido. O requerimento de outorga de concessão comunitária foi o início dos procedimentos jurídicos pleiteados pela UERN junto ao Ministério das Comunicações. Logo em seguida, houve o entendimento de que seria necessário um outro tipo de requerimento, justamente por sermos uma Universidade. Desta forma foi iniciado o processo que solicita a outorga para executar serviços de radiodifusão com fins exclusivamente educativos.
Este processo está em análise e a coordenação da Rádio Universitária FM, juntamente com a assessoria jurídica da UERN, aguarda o posicionamento do Ministério das Comunicações. O próprio Reitor da Instituição, Milton Marques, acompanha o andamento do processo e recebeu uma previsão de resposta para março deste ano.Sabemos que o caráter da nossa solicitação, em todas as instâncias legais, terá uma análise criteriosa e por isto mesmo favorável ao retorno das nossas atividades de radiodifusão, principalmente por sermos uma Instituição de Ensino Superior e em consonância com o que determina a legislação específica. Os Alunos , os professores e grande parte da sociedade mossoroense aguarda por um resultado positivo e, principalmente, pela outorga definitiva de uma rádio educativa.


Profa. Ana Lucia Gomes
Coord. Geral da Rádio Universitária FM-UERN

ALÉM DAS PALAVRAS POR GIOVANNI RODRIGUES

Muito pouco ou nada

Um denunciador fez calar uma voz, ainda modesta e tímida, que se ensaiava no espaço radiofônico da cidade. O que ameaçava essa voz? A voz do denunciador? Como saber? Tal agente, certamente convicto do seu ato, guarda-se no sigilo.


Quem denuncia o denunciador? O denunciador corre algum risco? Ele precisa de sigilo ou proteção? Orgulha-se do seu ato? Quantos crimes o tal denunciador denuncia por dia? Pois muitos por demais os há. O denunciador quis sustar um atentado à sociedade? Conjecturas há quanto a quem seja. Certeza talvez nem a do próprio, talvez enredado em dúvidas metafísicas quanto a ter sido instrumento de uma força superior. Há instâncias urgentes.

O denunciador é moralista, pela ordem dá a vida? Teria o denunciador algum interesse? Ou terá sido um gesto de puro desprendimento? Guardando certamente a sociedade contra a violação, a infração, o crime. O denunciador deve ser uma pessoa grave. Entregue profunda, inteira e radicalmente à sua causa.


Possivelmente um tipo heróico, o denunciador não mostra a cara. Não se dá a homenagens. Deixa à inquietação pública origem e autoria dos seus atos. Um público querendo se lhe dar em puro amor e devoção. O denunciador declina. Nada de pompa. A ínclita ordem dos seus atos resplandece no horizonte da época. Público atônito, não sabe se é um ou vários, se uno ou múltiplo, nem qual deus está por trás.


O propósito e o sentido do sigilo, um segredo, não se sabe. Que largos mistérios guarda. Que felicidade, que grandeza que se guarda, privando-nos da exultação, da exaltação, da epifania. Nada. Silêncio e obscuridade. Só o denunciador exulta, exalta-se e certamente se adora, ante o espelho. Um eleito.

BASTIDORES DA RÁDIO UNIVERSITÁRIA DA UERN

TÉCNICO DA FM - UNIVERSITÁRIA
LUÍS FLÁVIO

MESA DE SOM

ESTÚDIO DE GRAVAÇÕES

RECEPÇÃO

FUNCIONÁRIOS DA RÁDIO
Luís Flávio e Nivaldo Oliveira